“Há
um limite para o sofrimento e sou eu quem o escolhe. Uma coisa é sofrer com a
tua morte, outra é desgastar-me por um homem que não foi o que eu esperava. Não
quero matar a cabeça a pensar naquilo que podia ter sido na minha vida e não
foi, por indecisão, por medo, por incapacidade de crescer e arriscar. Não posso
nem quero criticá-lo, sei que me entendes, querida Alice. Aliás, uma das razões
que levou a que ele se afastasse foi o meu espírito de crítica letal, ao mesmo
tempo que era permissiva com ele. Cometi o erro no qual todas as mulheres que
se apaixonam incorrem: quis mudá-lo, fazer dele uma pessoa diferente. É
necessária uma força sobre-humana para alguém viver contra a sua natureza.
Acredito que vi nele um potencial que mais ninguém seria capaz de reconhecer e
puxei por ele até o partir ao meio.”
Este texto podia ter sido escrito por mim... sim há um limite para o sofrimento e está na escolha de cada um de nós. Cabe-nos a nós a escolha de viver amarrada, quase prisioneira, de uma pseudo relação, ou avançar para novos caminhos, novas pessoas, novas emoções...
É verdade que ninguém muda ninguém e que mesmo que se mude, essa mudança tem um prazo de validade... mais cedo ou mais tarde o velho Eu volta e o castelo encantado cai como se uma casa de palha se tratasse... Temos de aceitar as pessoas como elas são e se não aceitamos então não gostamos delas o suficiente, não o suficiente para mudarmos nós mesmos em prole da relação...
Não posso exigir que alguém mude por mim quando eu própria não mudaria por essa pessoa...
M.O.
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